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O trabalho de desenho performativo de M.Lohrum estende-se por vias de grande variedade e complexidade. A artista trabalha habitualmente a relação entre o corpo e o espaço, a presença e a mediatização, a inscrição do próprio corpo e a de outros corpos temos as escolhas de materiais. avmentos, instruções e as consequências da acção de factorzoavel indetermino o comportamento dos públicos) que comportam resultados imprevisíveis e uma razoável indeterminação.
Criadora exuberante, M.Lohrum trabalha com especial destaque o desens participativo, interrogando as posições de poder e de autoria de que a artista abre mão nestei processos e as suas consequências: para a vida em sociedade. Nos trabalhos de tipo colectivo e participativo confrontamo-nos com o que resulta como específico desse contexto, pois são trabalhos que apenas se podem gerar em processos deste tipo (e são, por isso, trabalhos processo-específicos; no caso do trabalho de Evora, também site-specific). Factores como a escala, a morfologia e até o grau de acabamento, em nada dependem da artista, que apenas especifica materiais e estabelece as regras para o trabalho colectivo.
Wall drawing decorreu em Évora, em 18 de Maio. Um grupo de participantes voluntários e ocasionais, sem qualquer requisito específico de formação, aceita o desafio de contribuir com a sua acção livre para a elaboração deste desenho de grande escala. Bolas embebidas em tinta-da-china são lançadas à parede principal do jardim tardoz. A acção decorreu durante cerca de 20 minutos, ao longo dos quais cada participante lançou repetidamente as bolas fornecidas à parede. Como num jogo, cada um seguiu as regras mínimas sem outro propósito que não participar neste desenho-performance uma experiência colectiva, cuja autoria permanece inscrita nas mãos de todos os participantes e na experiência da sua realização e fruição.